"Verdadeiramente,
homem de bem é o que pratica
a lei de justiça, amor e
caridade, na sua maior pureza.
Se interrogar a própria
consciência sobre os atos que praticou,
perguntará se não
transgrediu essa lei,
se não fez o mal, se fez
todo bem que podia,
se ninguém tem motivos
para dele se queixar,
enfim se fez aos outros o
que desejara que lhe fizessem.
Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo.
faz o bem pelo bem, sem contar com qualquer retribuição,
e sacrifica seus interesses
à justiça.
É bondoso, humanitário e benevolente para com todos,
porque vê irmãos em todos
os homens,
sem distinção de raças,
nem de crenças.
Se Deus lhe outorgou o poder e a riqueza,
considera essas coisas como
UM DEPÓSITO,
de que lhe cumpre usar para
o bem.
Delas não se envaidece, por saber que Deus,
que lhas deu, também lhas
pode retirar.
Se sob a sua dependência a ordem social
colocou outros homens,
trata-os com bondade
e complacência, porque são
seus iguais perante Deus.
Usa da sua autoridade para
lhes levantar o moral
e não para os esmagar com
o seu orgulho.
É indulgente para com as fraquezas alheias,
porque sabe que também
precisa
da indulgência dos outros
e se lembra
destas palavras do Cristo:
Atire a primeira pedra
aquele que estiver sem pecado.
Não é vingativo.
A exemplo de Jesus, perdoa
as ofensas,
para só se lembrar dos
benefícios,
pois não ignora que,
como houver perdoado,
assim perdoado lhe será.
Respeita, enfim, em seus semelhantes,
todos os direitos que as
leis da Natureza lhes concedem,
como quer que os mesmos
direitos lhe sejam respeitados."
( Allan Kardec, em
O Livro dos Espíritos, parte 3a, Cap XII,
Da Perfeição
Moral, Caracteres do Homem de Bem)