terça-feira, 30 de agosto de 2016





 

A maturidade me permite olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranquilidade, querer com mais doçura.

Lya Luft




 
A lição  da borboleta
 
Um dia, uma pequena abertura apareceu em um casulo. Um homem sentou e observou a borboleta por várias horas, conforme ela se esforçava para fazer com que seu corpo passasse através daquele pequeno buraco.
Então pareceu que ela havia parado de fazer qualquer progresso. Parecia que ela tinha ido o mais longe que podia, e não conseguia ir mais.
O homem decidiu ajudar a borboleta: ele pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo. A borboleta então saiu facilmente. Mas seu corpo estava murcho e era pequeno e tinha as asas amassadas.
O homem continuou a observar a borboleta porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e esticassem para serem capazes de suportar o corpo que iria se afirmar com o tempo. Nada aconteceu!
Na verdade, a borboleta passou o resto da sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar. O que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar não compreendia era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura era o modo com que Deus fazia com que o fluido do corpo da borboleta fosse para as suas asas, de modo que ela estaria pronta para voar uma vez que estivesse livre do casulo.
Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em nossa vidas. Se Deus nos permitisse passar através de nossas vidas sem quaisquer obstáculos, ele nos deixaria aleijados. Nós não iríamos ser tão fortes como poderíamos ter sido. Nós nunca poderíamos voar...





 
Apenas Brincando
"Quando estou construindo com blocos no quarto de brinquedos , Por favor, não diga que estou apenas brincando, Porque enquanto brinco, estou aprendendo sobre equilíbrio e formas. Quando estou me fantasiando, arrumando a mesa e cuidando das bonecas. Por favor, não me deixe ouvir você dizer ele está apenas brincando. Porque enquanto eu brinco, eu aprendo. Eu posso ser mãe ou pai algum dia. Quando estou pintando até os cotovelos. Ou de pé diante do cavalete, ou modelando argila, Por favor, não diga que estou apenas brincando. Porque enquanto eu brinco, eu aprendo. Estou expressando e criando Eu posso ser artista ou inventor algum dia. Quando estou entretido com um quebra-cabeça ou com algum brinquedo na escola, Por favor, não sinta que é um tempo perdido com brincadeiras. Porque enquanto brinco, estou aprendendo. Estou aprendendo a me concentrar e resolver problemas. Eu posso estar numa empresa algum dia. Quando você me vê aprendendo, cozinhando ou experimentando alimentos. Por favor, não pense que porque me divirto, é apenas uma brincadeira. Eu estou aprendendo a seguir instruções e perceber as diferenças. Eu posso ser um chefe algum dia. Quando você me vê aprendendo a pular, saltar, correr e movimentar meu corpo. Por favor, não diga que estou apenas brincando. Eu estou aprendendo como meu corpo funciona. Eu posso ser um médico, enfermeiro ou um atleta algum dia. Quando você me pergunta o que fiz na escola hoje. E eu digo: eu brinquei. Por favor, não me entenda mal. Por que enquanto eu brinco, estou aprendendo. Estou aprendendo a ter prazer e ser bem sucedido no trabalho. Eu estou me preparando para o amanhã. Hoje, eu sou uma criança e meu trabalho é brincar.”
 Tempo para os filhos
 
Um menino, com voz tímida e os olhos cheios de admiração, pergunta ao pai, quando este retorna do trabalho:
- Papai! Quanto o Sr. Ganha por hora?
O pai, num gesto severo, respondeu: - Escuta aqui meu filho, isto nem a sua mãe sabe! Não amole, estou cansado!
Mas o filho insiste: - Mas papai, por favor, diga quanto o Sr. ganha por hora?
A reação do pai foi menos severa e respondeu: - Três reais por hora
- Então, papai, o Sr. poderia me emprestar um real? O pai, cheio de ira e tratando o filho com brutalidade, respondeu:
- Então era essa a razão de querer saber quanto eu ganho? Vá dormir e não me amole mais, menino aproveitador! Já era tarde quando o pai começou a pensar no que havia acontecido e sentiu-se culpado. Talvez, quem sabe, o filho precisasse comprar algo. Querendo descarregar sua consciência doida, foi até o quarto do menino e, em voz baixa, perguntou:
- Filho, está dormindo? - Não papai! (respondeu o sonolento garoto)
- Olha aqui está o dinheiro que me pediu, um real. - Muito obrigado, papai! (disse o filho, levantando-se e retirando mais dois reais de uma caixinha que estava sob a cama). Agora já completei, Papai! Tenho três reais. Poderia me vender uma hora de seu tempo?
"Será que estamos dedicando tempo suficiente aos nosso filhos?"
Autor Desconhecido
 
O Nó 
Em uma reunião de pais, numa escola de periferia, a diretora incentivava o apoio que os pais deveriam dar aos filhos. Ela lembrava também que os mesmos deveriam se fazer presentes para os filhos. Entendia que, embora soubesse que a maioria dos pais e mães daquela comunidade trabalhasse fora, deveriam achar um tempinho para se dedicar as crianças e atendê-las.A diretora ficou muito surpresa quando um pai se levantou e explicou, na sua maneira humilde, que não tinha tempo de falar com o filho, nem de vê-lo durante a semana, pois saía muito cedo para trabalhar e o garoto ainda estava dormindo, e ao voltar ele já havia se deitado, porque era muito tarde.Explicou, ainda, que tinha de trabalhar assim para poder prover o sustento da sua família. Porém, ele contou que isso o deixava angustiado por não ter tempo para o filho, mas que tentava se redimir, indo beijá-lo todas as noites quando chegava em casa, e, para que o filho soubesse de sua presença, dava um nó na ponta do lençol que o cobria. Isso acontecia, religiosamente, todas as noites, ao beijá-lo.Quando este acordava e via o nó, sabia por intermédio dele que o pai tinha estado ali e o havia beijado. O nó era o elo de comunicação entre ambos.Mais surpresa ainda a diretora ficou ao constatar que o filho deste pai era um dos melhores alunos da sala.Esta história nos faz refletir muitas e muitas maneiras de um pai se fazer presente, de se comunicar com o filho, e esse pai encontrou a maneira dele. E o mais importante: a criança percebeu isso.Nós nos preocupamos com os nossos filhos, mas é importante que eles sintam, que saibam disso.Devemos nos exercitar nessa comunicação e encontrar cada um a própria maneira de mostrar ao filho a sua presença.E, você, já deu um nó no lençol do seu filho hoje?
Autor Desconhecido
 

Escola dos Sonhos
Eu queria uma escola que cultivasse a curiosidade de aprender que em vocês é natural
Eu queria uma escola que educasse seu corpo e seus movimentos: que possibilitasse seu crescimento físico e sadio.Normal
Eu queria uma escola que lhes ensinasse tudo sobre a natureza, o ar, a matéria, as plantas, os animais, seu próprio corpo. Deus.
Mas que ensinasse primeiro pela observação, pela descoberta, pela experimentação.
E que dessas coisas lhes ensinasse não só o conhecer, como também a aceitar, a amar e preservar.
Eu queria uma escola que lhes ensinasse tudo sobre a nossa história e a nossa terra de uma maneira viva e atraente.
Eu queria uma escola que lhes ensinasse a usarem bem a nossa língua, a pensarem e a se expressarem com clareza.
Eu queria uma escola que lhes ensinassem a pensar, a raciocinar, a procurar soluções. Eu queria uma escola que desde cedo usasse materiais concretos para que vocês pudessem ir formando corretamente os conceitos
matemáticos, os conceitos de números, as operações... Usando palitos, tampinhas, pedrinhas...só porcarinhas!... fazendo vocês aprenderem brincando...
Oh! Meu Deus! Deus que livre vocês de uma escola em que tenham que copiar pontos. Deus que livre vocês de decorar sem entender, nomes, datas, fatos...
Deus que livre vocês de aceitarem conhecimentos "prontos", mediocrimente embalados nos livros didáticos descartáveis.
Deus que livre vocês de ficarem passivos, ouvindo e repetindo, repetindo repetindo, repetindo...
Eu também queria uma escola que ensinasse a conviver, a cooperar, a respeitar, a esperar, a saber viver em comunidade, em união.
Que vocês aprendessem a transformar e criar.
Que lhes desse múltiplos meios de vocês expressarem cada sentimento, cada drama, cada emoção.
Ah! E antes que eu me esqueça: Deus que livre vocês de um professor incompetente.
Para vocês, Professores, meu carinho e minha admiração. abraços pelo dia-a-dia. (Carlos Drumond de Andrade)
Escola é
"... o lugar que se faz amigos.Não se trata só de prédios, salas, quadros,Programas, horários, conceitos...Escola é sobretudo, genteGente que trabalha, que estuda.Que alegra, se conhece, se estima.
O Diretor é gente,O coordenador é gente,O professor é gente,O aluno é gente,Cada funcionário é gente.
E a escola será cada vez melhor.Na medida em que cada um se comporte como colega, amigo, irmão.
Nada de “ilha cercada de gente por todos os lados”Nada de conviver com as pessoas e depois,Descobrir que não tem amizade a ninguém.Nada de ser como tijolo que forma a parede,Indiferente, frio, só.
... o lugar que se faz amigos.Não se trata só de prédios, salas, quadros,Programas, horários, conceitos...Escola é sobretudo, gente. Gente que trabalha, que estuda.Que alegra, se conhece, se estima.
O Diretor é gente,O coordenador é gente,O professor é gente,O aluno é gente,Cada funcionário é gente.
E a escola será cada vez melhor.Na medida em que cada um se comporte Como colega, amigo, irmão.
Nada de “ilha cercada de gente por todos os lados”Nada de conviver com as pessoas e depois,Descobrir que não tem amizade a ninguém.Nada de ser como tijolo que forma a parede,Indiferente, frio, só."
Paulo Freire

 

 Era uma vez…

…Uma lagarta… que nasceu de pequenos ovinhos germinados sobre as folhas verdes do chão… de uma linda Floresta.
Rastejava sobre a terra… buscando se firmar… Aprendia a viver assim… conhecendo outras lagartas… bichinhos… alimentando-se, subindo nas árvores, abrigando-se na umidade da terra, em um ritmo para muitos… muito lento… e para ela… natural.
Dia após dia vivendo… rastejando sobre a terra…
Um dia… chegada uma certa hora, hora que talvez só ela soubesse qual… um processo novo acontecia.
Começou a tecer um casulo… como uma casca acinzentada, a sua volta… envolvendo-se inteira… como se protegendo, não sei… e ali foi ficando por um bom tempo que a Sabedoria da Natureza determinava como sendo necessário…
Interessante que para muitas pessoas, ao olharem para aquele casulo pendurado em um galho… achavam que ali não havia vida… parecia mesmo estar tudo morto…
– Não há movimento aparente, não há cor, não há som… então não há vida (alguns diziam).
Outros curiosos diziam já ter aberto outros casulos e o que viram?
Uma massa se movimentando de forma extremamente lenta. Que coisa esquisita… pensavam. E os dias se seguiam.
E por incrível que pareça… pois existe um tempo para tudo, quando menos esperávamos… aquele mesmo casulo foi tomando uma certa tonalidade… um pouco de cor… como se fosse ficando quase transparente…
E na sabedoria do tempo… começaram a aparecer cores dentro deste casulo… e suaves movimentos…
Em um dia de sol… O casulo iniciou a abrir… e algo começou lentamente a sair de dentro… e a abertura foi aumentando…
É como se algo colorido… com movimentos leves… se espreguiçasse, abrindo-se mais aos raios do Sol… e numa espécie de magia… lindos pares de asas coloridas se estenderam… este novo corpo… que nasce… ou renasce buscando no desequilíbrio o seu equilíbrio… começando a se movimentar mais.
E o casulo abre inteiramente…
O que vemos?
Aquele Ser em forma de uma linda Borboleta…
Que ali está pronta para voar…
Voar em direção a luz do sol para se aquecer…
Buscando mais brilho… mais cores…
Agora aquela lagarta… pode ver e sentir o mundo de diferentes ângulos… sendo borboleta.
Ela voa alto… na copa das árvores… Voa alimentando-se no néctar das flores…
É leve… e livre…
É suave… embeleza a vida…
Parecendo frágil… muito forte se revela…
Agora semeando o pólen das folhas que em suas patas transporta delicadamente.
Semeia mais vida e beleza na Natureza…
E em suas angelicais passagens… entrega por sobre as folhas pequenos ovos…
Para que nasçam novas lagartas…
Acredito que elas já nascem sabendo no seu íntimo que um dia voarão…
E vivem a vida tranqüilamente…
Rastejando por sobre a terra…
Para um dia voar livremente.
Gosto de pensar que nascer… crescer… morrer se assemelham a esta bonita história de TransFormAção.
Vânia Lúcia Slaviero
 

Mudança de Paradigma

Eu me recordo de uma mudança de paradigma que me aconteceu em uma manhã de domingo, no metrô de Nova York. As pessoas estavam calmamente sentadas, lendo jornais, divagando, descansando com os olhos semicerrados. Era uma cena calma, tranqüila.
       Subitamente um homem entrou no vagão do metrô com os filhos. As crianças faziam algazarra e se comportavam mal, de modo que o clima mudou instantaneamente.
       O homem sentou-se a meu lado e fechou os olhos, aparentemente ignorando a situação. As crianças corriam de um lado para o outro, atiravam coisas e chegavam até a puxar os jornais dos passageiros, incomodando a todos. Mesmo assim o homem a meu lado não fazia nada.
       Ficou impossível evitar a irritação. Eu não conseguia acreditar que ele pudesse ser tão insensível a ponto de deixar que seus filhos incomodassem os outros daquele jeito sem tomar uma atitude. Dava para perceber facilmente que as demais pessoas estavam irritadas também. A certa altura, enquanto ainda conseguia manter a calma e o controle, virei para ele e disse:
       – Senhor, seus filhos estão perturbando muitas pessoas. Será que não poderia dar um jeito neles?
       O homem olhou para mim, como se estivesse tomando consciência da situação naquele exato momento, e disse calmamente:
       – Sim, creio que o senhor tem razão. Acho que deveria fazer alguma coisa. Acabamos de sair do hospital, onde a mãe deles morreu há uma hora. Eu não sei o que pensar, e parece que eles também não conseguem lidar com isso.
       Podem imaginar o que senti naquele momento? Meu paradigma mudou. De repente, eu vi as coisas de um modo diferente, e como eu estava vendo as coisas de outro modo, eu pensava, sentia e agia de um jeito diferente. Minha irritação desapareceu. Não precisava mais controlar minha atitude ou meu comportamento, meu coração ficou inundado com o sofrimento daquele homem. Os sentimentos de compaixão e solidariedade fluíram livremente.
       – Sua esposa acabou de morrer? Sinto Muito. Gostaria de falar sobre isso? Posso ajudar em alguma coisa? – Tudo mudou naquele momento.
       Muita gente passa por uma experiência fundamental similar de mudança no pensamento quando enfrenta uma crise séria, encarando suas prioridades sob nova luz. Isso também acontece quando as pessoas assumem repentinamente novos papéis, como marido, esposa, pai, avô, gerente ou líder.
Do livro: “Os sete hábitos das pessoas muito eficazes” de Steven R. Covey – Ed. Best Seller

 

A Macieira Encantada

Era uma vez um reino antigo e pobre, situado perto de uma grande montanha.
Havia uma lenda de que, no alto dessa montanha havia uma Macieira mágica, que produzia maçãs de ouro. Para colher as maçãs era preciso chegar até lá, enfrentando todas as situações que aparecessem no caminho. Nunca ninguém havia conseguido essa façanha, conforme dizia a lenda.
O Rei do lugar resolveu oferecer um grande prêmio àquele que se dispusesse a fazer essa viagem e que conseguisse trazer as maçãs, pois assim o reino estaria a salvo da pobreza e das dificuldades que o povo enfrentava. O prêmio seria da escolha do vencedor e incluía a mão da princesa em casamento.
Apareceram três valorosos e corajosos cavaleiros dispostos a essa aventura tão difícil.
Eles deveriam seguir separados e, por coincidência, havia três caminhos:
1º – rápido e fácil, onde não havia nenhum obstáculo e nenhuma dificuldade;
2º – rápido e não tão fácil quanto o primeiro, pois havia algumas situações a serem enfrentadas;
3º – longo e difícil, cheio de situações trabalhosas.
Foi efetuado um sorteio para ver quem escolheria em primeiro lugar um desses caminhos. O primeiro sorteado escolheu, naturalmente, o Primeiro caminho. O segundo sorteado escolheu o Segundo caminho. O terceiro sorteado, sem nenhuma outra opção, aceitou o Terceiro caminho.
Eles partiram juntos, no mesmo horário, levando consigo apenas uma mochila contendo alimentos, agasalhos e algumas ferramentas.
O Primeiro, com muita facilidade chegou rapidamente até a montanha, subiu, feliz por acreditar que seria o vencedor e quando se deparou com a Macieira Encantada sorriu de felicidade. O que ele não esperava, porém, é que ela fosse tão inatingível. Como chegar até as maçãs? Elas estavam em galhos muito altos. Não havia como subir. O tronco era muito alto também. Ele não possuía nenhum meio de chegar até lá em cima. Ficou esperando o Segundo chegar para resolverem juntos a questão.
O Segundo enfrentou galhardamente a primeira situação com a qual se deparou, porém logo em seguida apareceu outra, e logo depois mais uma e mais outra, sendo algumas delas um tanto difíceis de superar. Ele acabou ficando cansado, esgotado até ficar doente, e cair prostrado. Quando se deu conta de seu péssimo estado físico, foi obrigado a retroceder e voltou para a aldeia, onde foi internado para cuidados médicos.
O Terceiro teve seu primeiro teste quando acabou sua água e ele chegou a um poço. Quando puxou o balde, arrebentou a corda e ele então, rapidamente, com suas ferramentas e alguns galhos, improvisou uma escada para descer até o poço e retirar a água para saciar sua sede. Resolveu levar a escada consigo e também a corda remendada. Percebeu que estava começando a gostar muito dessa aventura.
Depois de descansar, seguiu viagem e precisou atravessar um rio com uma correnteza fortíssima. Construiu, então, uma pequena jangada e com uma vara de bambu como apoio, conseguiu chegar do outro lado do rio, protegendo assim sua mochila, seus agasalhos e todo o material que levava consigo para o momento que precisasse deles, incluindo a jangada.
Em um outro ponto do caminho ele teve de cortar o mato denso e passar por cima de grossos troncos. Com esses troncos ele fez rodas para facilitar o transporte do seu material, usando também a corda para puxar.
E assim, sucessivamente, a cada nova situação que surgia, como ele não tinha pressa, calmamente, fazendo uso de tudo o que estava aprendendo nessa viagem e do material que, prudentemente guardara, resolvia facilmente a questão.
A viagem foi longa, cheia de situações diferentes, de detalhes, e logo chegou o momento esperado, quando ele se defrontou com a Macieira Encantada. O Primeiro havia se cansado de esperar e também retornara ao povoado.
O encanto da Macieira tomou conta do Terceiro. Ela era tão linda, grande, alta, brilhante. Os raios do sol incidindo nos frutos dourados irradiavam uma luz imensa que o deixou extasiado. Quanto mais olhava para a luz dourada, mais ele se sentia invadir por ela, e percebeu que todo o seu corpo parecia estar também dourado. Nesse momento ele sentiu como se uma onda de sabedoria tomasse conta de seu ser. Com essa sensação maravilhosa ele se deixou ficar, inebriado, durante longo tempo. Depois do impacto ele se pôs a trabalhar e preparou cuidadosamente, seu material, fazendo uso de todos os seus recursos. Transformou a jangada numa grande cesta, para guardar as maçãs dentro, subiu na árvore, pela escada, usou o bambu para empurrar as maçãs mais altas e mais distantes. Tudo isso e mais algumas providências que sua criatividade lhe sugeriu para facilitar seu trabalho, que havia se transformado em prazer.
Depois de encher a cesta com as maçãs, e com a certeza de que poderia voltar ali quando quisesse, por ser a Macieira pródiga, ele agradeceu a Deus por ter chegado, por ter conseguido concluir seu objetivo. Agradeceu principalmente a si mesmo pela coragem e persistência na utilização de todos os seus recursos, como inteligência e criatividade.
Voltou pelo caminho mais fácil, levando consigo os frutos de seu trabalho e de seus esforços, frutos esses colhidos com muita competência e merecimento. Descobriu, entre outras coisas que:
tudo que apareceu em seu caminho foi útil e importante para sua vitória;
cada uma das situações que ele resolveu, foi de grande aprendizado, não só para aquele momento, mas também para vários outros na sua vida futura;
quando você faz do seu trabalho um prazer, suas chances de sucesso são muito maiores;
quando seu objetivo vale a pena, não há nada que o faça desistir no meio do caminho;
a sua vitória poderia beneficiar a vida de muita gente e também servir de exemplo a outras pessoas, a quem ele poderia ensinar tudo o que aprendeu nessa trajetória.
O resto da história vocês podem imaginar. E como toda história que se preze, viveram felizes para sempre…
Eu gostaria de convidar a todos que lerem essa metáfora a fazerem uma reflexão sobre seu conteúdo e acrescentar, de acordo com a sua própria experiência e compreensão do texto, novas descobertas e possíveis benefícios e aprendizado, tanto para si, quanto para outras pessoas.
Maria Madalena de Oliveira Junqueira Leite
 

A flor da honestidade

Conta-se que por volta do ano 250 A.C, na China antiga, um príncipe da região norte do país, estava às vésperas de ser coroado imperador, mas, de acordo com a lei, ele deveria se casar. Sabendo disso, ele resolveu fazer uma “disputa” entre as moças da corte ou quem quer que se achasse digna de sua proposta.
No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia, numa celebração especial, todas as pretendentes e lançaria um desafio. Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe.
Ao chegar em casa e relatar o fato a jovem, espantou-se ao saber que ela pretendia ir à celebração, e indagou incrédula:
– Minha filha, o que você fará lá? Estarão presentes todas as mais belas e ricas moças da corte. Tire esta ideia insensata da cabeça; eu sei que você deve estar sofrendo, mas não torne o sofrimento uma loucura.
E a filha respondeu:
Não, querida mãe, não estou sofrendo e muito menos louca, eu sei que jamais poderei ser a escolhida, mas é minha oportunidade de ficar pelo menos alguns momentos perto do príncipe, isto já me torna feliz.
À noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam, de fato, todas as mais belas moças, com as mais belas roupas, com as mais belas joias e com as mais determinadas intenções. Então, inicialmente, o príncipe anunciou o desafio:
Darei a cada uma de vocês, uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida minha esposa e futura imperatriz da China.
A proposta do príncipe não fugiu as profundas tradições daquele povo, que valorizava muito a especialidade de “cultivar” algo, sejam costumes, amizades, relacionamentos, etc… O tempo passou e a doce jovem, como não tinha muita habilidade nas artes da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura a sua semente, pois sabia que se a beleza da flor surgisse na mesma extensão de seu amor, ela não precisava se preocupar com o resultado. Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem tudo tentara, usara de todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido.
Dia após dia ela percebia cada vez mais longe o seu sonho, mas cada vez mais profundo o seu amor. Por fim, os seis meses haviam passado e nada havia brotado. Consciente do seu esforço e dedicação a moça comunicou a sua mãe que, independente das circunstâncias retornaria ao palácio, na data e hora combinadas, pois não pretendia nada além de mais alguns momentos na companhia do príncipe. Na hora marcada estava lá, com seu vaso vazio, bem como todas as outras pretendentes, cada uma com uma flor mais bela do que a outra, das mais variadas formas e cores. Ela estava admirada, nunca havia presenciado tão bela cena.
Finalmente chega o momento esperado e o príncipe observa cada uma das pretendentes com muito cuidado e atenção. Após passar por todas, uma a uma, ele anuncia o resultado e indica a bela jovem como sua futura esposa. As pessoas presentes tiveram as mais inesperadas reações. Ninguém compreendeu porque ele havia escolhido justamente aquela que nada havia cultivado. Então, calmamente o príncipe esclareceu:
– Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma imperatriz. A flor da honestidade, pois todas as sementes que entreguei eram estéreis.
Se para vencer, estiver em jogo a sua honestidade, perca. Você será sempre um Vencedor!

 

ANTES DE DESISTIR

Antes de desistir, pense que somente alcança o sucesso quem insiste, apesar de tudo.
Fred Astaire, o famoso ator que encantou as telas do cinema dançando e fez mais de 40 filmes, ao fazer seu primeiro teste para o cinema, recebeu a resposta de que não sabia atuar. Era careca, e ainda dançava pouco. Em 1950 ganhou um Oscar honorário e em 1970 em Prêmio UNICRIT, concedido no Festival de Berlim em reconhecimento à sua contribuição ao gênero musical.
Ao professor de Enrico Caruso, diziam que ele não tinha voz e não era capaz de cantar. Acreditando nisso, os pais de Enrico queriam que ele fosse engenheiro. Ele não desistiu e se tornou famoso cantor de ópera, admirado até os dias atuais.
Winston Churchill foi reprovado na sexta série. Somente se tornou primeiro ministro da Inglaterra depois dos 60 anos. Sua vida foi cheia de derrotas e fracassos. Mas ele nunca desistiu. Chegou a dizer um dia: “- Eu deixaria a política para sempre, se não fosse a possibilidade de um dia vir a ser Primeiro-Ministro”. Ele conseguiu.
Walt Disney foi despedido pelo editor de um jornal por falta de idéias. Você pode imaginar tal coisa? Antes de construir a Disneylândia, foi à falência diversas vezes. Nunca desanimou.
Rodin era considerado por seu pai como um idiota. Seu tio dizia que ele era um caso perdido. Por três vezes ele foi reprovado na admissão à escola de artes. Descrito como o pior aluno da escola, Rodin não desistiu e deu ao mundo maravilhas da escultura como o pensador, o beijo e filho pródigo.
Assim acontece com todos os que perseguem seus sonhos, não se permitindo desanimar por derrotas ou julgamentos precipitados. Lembre-se você pode ser derrotado, mas não fracassará enquanto continuar tentando.
Logo haverá de descobrir que ainda há muitas tentativas a serem feitas. Há muita gente a ser procurada, muitos dias a serem vividos, e muitas conquistas a serem alcançadas. Não há limites para quem acredita que pode atingir seus objetivos, e que pode concretizar os seus sonhos e projetos.
Pense nisso e tente outra vez. E outra mais. Não se deixe abater por críticas, ou experiências mal sucedidas. Vá em frente. Tente de novo e verá que os seus esforços alcançarão êxito.
Autor desconhecido

 

AVANCE SEMPRE

Na vida as coisas, às vezes, andam muito devagar.
Mas é importante não parar.
Mesmo um pequeno avanço na direção certa já é um progresso, e qualquer um pode fazer um pequeno progresso.
Se você não conseguir fazer uma coisa grandiosa hoje, faça alguma coisa pequena.
Pequenos riachos acabam convertendo-se em grandes rios.
Continue andando e fazendo.
O que parecia fora de alcance esta manhã vai parecer um pouco mais próximo amanhã ao anoitecer se você continuar movendo-se para frente.
A cada momento intenso e apaixonado que você dedica a seu objetivo, um pouquinho mais você se aproxima dele.
Se você pára completamente é muito mais difícil começar tudo de novo.
Então continue andando e fazendo.
Não desperdice a base que você já construiu.
Existe alguma coisa que você pode fazer agora mesmo, hoje, neste exato instante.
Pode não ser muito mas vai mantê-lo no jogo.
Vá rápido quando puder. Vá devagar quando for obrigado.
Mas, seja, lá o que for, continue. O importante é não parar!
Autor desconhecido

 

MEU MAIOR DEFEITO

A persistência realiza o impossível. Provérbio Chinês
Meu maior defeito, nos tranqüilos dias da infância, consistia em desanimar com demasiada facilidade quando uma tarefa qualquer me parecia difícil.
Eu podia ser tudo, menos um menino persistente.
Foi quando, numa noite, meu pai entregou-me uma tabuazinha de pequena espessura e um canivete, e me pediu que, com este, riscasse uma linha em toda largura da tábua.
Obedeci a suas instruções, e, em seguida, tábua e canivete foram trancados na escrivaninha de papai. A mesma coisa foi se repetindo todas as noites seguintes.
Ao fim de uma semana eu não agüentava mais de curiosidade. A história continuava. Toda noite eu tinha que riscar com o canivete, uma vez, pelo sulco que se aprofundava.
Chegou afinal um dia em que não havia mais sulco. Meu último e leve esforço cortou a tábua em duas.
Papai olhou longamente para mim, e disse:
– Você nunca acreditaria que isto fosse possível, com tão pouco esforço, não é verdade? Pois o êxito ou fracasso de sua vida não depende tanto de quanta força você põe numa tentativa, mas da persistência no que faz.
Foi essa uma lição de coisas impossíveis de esquecer, e que mesmo um garoto de dez anos podia aproveitar.
Autor desconhecido

 

A CORAGEM DE ENFRENTAR SEUS MEDOS

Diz uma antiga fábula que um camundongo vivia angustiado com medo do gato.
Um mágico teve pena dele e o transformou em gato. Mas aí ele ficou com medo de cão, por isso o mágico o transformou em pantera.
Então ele começou a temer os caçadores.
A essa altura o mágico desistiu. Transformou-o em camundongo novamente e disse:
– Nada que eu faça por você vai ajudá-lo, porque você tem apenas a coragem de um camundongo.
É preciso coragem para romper com o projeto que nos é imposto.
Mas saiba que coragem não é a ausência do medo, é sim a capacidade de avançar, apesar do medo; caminhar para frente; e enfrentar as adversidades, vencendo os medos…
É isto que devemos fazer. Não podemos nos derrotar, nos entregar por causa dos medos.
Autor desconhecido

 

CORRIDA DE SAPINHOS

Era uma vez uma corrida de sapinhos !
O objetivo era atingir o alto de uma grande torre.
Havia no local uma multidão assistindo.
Muita gente para vibrar e torcer por eles.
Começou a competição.
Mas como a multidão não acreditava que os sapinhos pudessem alcançar o alto daquela torre, o que mais se ouvia era:
“Que pena !!! esses sapinhos não vão conseguir… não vão conseguir…”
E os sapinhos começaram a desistir.
Mas havia um que persistia e continuava a subida em busca do topo…
A multidão continuava gritando :
“… que pena !!! voltem! vocês não vão conseguir !…”
E os sapinhos estavam mesmo desistindo, um por um…
menos aquele sapinho que continuava tranqüilo… embora cada vez mais arfante.
Já ao final da competição, todos desistiram, menos ele…
A curiosidade tomou conta de todos.
Queriam saber o que tinha acontecido…
E assim, quando foram perguntar ao sapinho como ele havia conseguido concluir a prova,
aí sim conseguiram descobrir… que ele era surdo !!!
Não permita que pessoas com o péssimo hábito de serem negativas, derrubem as melhores e mais sábias esperanças de nosso coração !
Lembre-se sempre :
Há poder em nossas palavras e em tudo o que pensamos…
Portanto, procure sempre ser POSITIVO !
Seja “surdo” quando alguém lhe diz que você não pode realizar seus sonhos…
Monteiro Lobato

 

A mala de viagem

Conta-se uma fábula sobre um homem que caminhava vacilante pela estrada, levando uma pedra numa mão e um tijolo na outra. Nas costas carregava um saco de terra; em volta do peito trazia vinhas penduradas. Sobre a cabeça equilibrava uma abóbora pesada.
Pelo caminho encontrou um transeunte que lhe perguntou:
– Cansado viajante, por que carrega essa pedra tão grande?
– É estranho, respondeu o viajante, mas eu nunca tinha realmente notado que a carregava.
Então, ele jogou a pedra fora e se sentiu muito melhor.
Em seguida veio outro transeunte que lhe perguntou:
– Diga-me, cansado viajante, por que carrega essa abóbora tão pesada?
– Estou contente que me tenha feito essa pergunta, disse o viajante, porque eu não tinha percebido o que estava fazendo comigo mesmo.
Então ele jogou a abóbora fora e continuou seu caminho com passos muito mais leves. Um por um, os transeuntes foram avisando-o a respeito de suas cargas desnecessárias. E ele foi abandonando uma a uma.
Por fim, tornou-se um homem livre e caminhou como tal.
Qual era na verdade o problema dele?
A pedra e a abóbora?
Não!
Era a falta de consciência da existência delas. Uma vez que as viu como cargas desnecessárias, livrou-se delas bem depressa e já não se sentia mais tão cansado. Esse é o problema de muitas pessoas. Elas estão carregando cargas sem perceber. Não é de se estranhar que estejam tão cansadas!
O que são algumas dessas cargas que pesam na mente de um homem e que roubam as suas energias?
– Pensamentos negativos.
– Culpar e acusar outras pessoas.
– Permitir que impressões tenebrosas descansem na mente.
– Carregar uma falsa carga de culpa por coisas que não poderiam ter evitado.
– Auto-piedade.
– Acreditar que não existe saída.
Todo mundo tem o seu tipo de carga especial, que rouba energia. Quanto mais cedo começarmos a descarregá-la, mais cedo nos sentiremos melhor e caminharemos mais levemente.


 Como explicar o amor

Contam que, uma vez, se reuniram os sentimentos e qualidades dos homens em um lugar da terra.
Quando o ABORRECIMENTO havia reclamado pela terceira vez, a LOUCURA, como sempre tão louca, lhes propôs:
- Vamos brincar de esconde-esconde?
A INTRIGA levantou a sobrancelha intrigada e a CURIOSIDADE, sem poder conter-se, perguntou: Esconde-esconde? Como é isso?
- É um jogo, explicou a LOUCURA, em que eu fecho os olhos e começo a contar de um a um milhão enquanto vocês se escondem, e quando eu tiver terminado de contar, o primeiro de vocês que eu encontrar ocupará meu lugar para continuar o jogo. O ENTUSIASMO dançou seguido pela EUFORIA.
A ALEGRIA deu tantos saltos que acabou convencendo a DÚVIDA e até mesmo a APATIA, que nunca se interessava por nada.
Mas nem todos quiseram participar.
A VERDADE preferiu não esconder-se, para quê? Se no final todos a encontravam?
A SOBERBA opinou que era um jogo muito tonto (no fundo o que a incomodava era que a ideia não tivesse sido dela) e a COVARDIA preferiu não arriscar-se.
- Um, dois, três, quatro... - começou a contar a LOUCURA.
A primeira a esconder-se foi a PRESSA, que como sempre caiu atrás da primeira pedra do caminho.
A FÉ subiu ao céu e a INVEJA se escondeu atrás da sombra do TRIUNFO, que com seu próprio esforço, tinha conseguido subir na copa da árvore mais alta.
A GENEROSIDADE quase não consegue esconder-se, pois cada local que encontrava lhe parecia maravilhoso para algum de seus amigos - se era um lago cristalino, ideal para a BELEZA; se era a copa de uma árvore, perfeito para a TIMIDEZ; se era o voo de uma borboleta, o melhor para a VOLÚPIA; se era uma rajada de vento, magnífico para a LIBERDADE. E assim, acabou escondendo-se em um raio de sol.
O EGOÍSMO, ao contrário, encontrou um local muito bom desde o início. Ventilado, cómodo, mas apenas para ele.
A MENTIRA escondeu-se no fundo do oceano (mentira, na realidade, escondeu-se atrás do arco-íris), e a PAIXÃO e o DESEJO, no centro dos vulcões.
O ESQUECIMENTO, não recordo-me onde escondeu-se, mas isso não é o mais importante.
Quando a LOUCURA estava lá pelo 999.999, o AMOR ainda não havia encontrado um local para esconder-se, pois todos já estavam ocupados, até que encontrou um roseiral e, carinhosamente, decidiu esconder-se entre suas flores.
- Um milhão - contou a LOUCURA, e começou a busca.
A primeira a aparecer foi a PRESSA, apenas a três passos de uma pedra. Depois, escutou-se a FÉ discutindo com Deus no céu sobre zoologia.
Sentiu-se vibrar a PAIXÃO e o DESEJO nos vulcões.
Em um descuido encontrou a INVEJA, e claro, pode deduzir onde estava o TRIUNFO.
O EGOÍSMO, não teve nem que procurá-lo. Ele sozinho saiu disparado de seu esconderijo, que na verdade era um ninho de vespas.
De tanto caminhar, a LOUCURA sentiu sede, e ao aproximar-se de um lago descobriu a BELEZA.
A DÚVIDA foi mais fácil ainda, pois a encontrou sentada sobre uma cerca sem decidir de que lado esconder-se.
E assim foi encontrando a todos.
O TALENTO entre a erva fresca; a ANGÚSTIA em uma cova escura;
a MENTIRA atrás do arco-íris (mentira, estava no fundo do oceano);
e até o ESQUECIMENTO, a quem já havia esquecido que estava brincando de esconde-esconde.
Apenas o AMOR não aparecia em nenhum local.
A LOUCURA procurou atrás de cada árvore, em baixo de cada rocha do planeta, e em cima das montanhas.
Quando estava a ponto de dar-se por vencida, encontrou um roseiral.
Pegou uma forquilha e começou a mover os ramos, quando no mesmo instante, escutou-se um doloroso grito.
Os espinhos tinham ferido o AMOR nos olhos.
A LOUCURA não sabia o que fazer para desculpar-se chorou, rezou, implorou, pediu perdão e até prometeu ser seu guia.
Desde então, desde que pela primeira vez se brincou de esconde-esconde na terra: O AMOR é cego e a LOUCURA sempre o acompanha.

"É PRECISO RESSALTAR QUE DE GÊNIO E LOUCO TODO EDUCADOR TEM UM POUCO"E QUE O AMOR É ESSENCIAL DENTRO DA NOSSA PROFISSÃO.
 
Eu aprendi.....

Eu aprendi que você não pode fazer alguém amar você. Tudo que você pode fazer é alguém ser amado por você...

Eu aprendi que não importa quanto eu me preocupe, algumas pessoas não pensam da mesma maneira...

Eu aprendi que ocupa anos para construir confiança, e só segundos para destruí-la...

Eu aprendi que não é o o que você tem em sua vida, mas quem você tem em sua vida que conta...


Eu aprendi que você não deveria se comparar em ser melhor que os outros mas sim fazer melhor por você...

Eu aprendi que não importa como você fatia algo, se fino ou grosso, sempre há dois lados...

Eu aprendi que é muito mais fácil reagir do que pensar...

Eu aprendi que você deveria dizer sempre palavras amorosas a quem você ama. Pode ser a última vez que você os vê...

Eu aprendi que você pode continuar indo muito tempo tempo depois que você pense que não pode...

Eu aprendi que nós somos responsáveis pelo que nós fazemos, não importa como fazemos...

Eu aprendi que você controla sua atitude ou ela controla você...

Eu aprendi que os heróis são as pessoas que fazem o que tem que ser feito, quando tem de ser feito, independente das conseqüências...

Eu aprendi que meu melhor amigo e eu podemos fazer qualquer coisa ou nada e nos divertirmos da mesma forma...

Eu aprendi que aquela verdadeira amizade continua crescendo, até mesmo em cima da mais longa distância...


Eu aprendi que só porque alguém não ama do modo que você quer não significa que não o ama com a mesma intensidade que você...

Eu aprendi que sua família pode não estar sempre a sua disposição, mas as pessoas com as que você não é relacionado pode cuidá-lo e lhe ensinar a confiar em pessoas novamente. Famílias não são biológicas...

Eu aprendi que não importa o quanto ruim seu coração possa estar, o mundo não pára por seu pesar...

Eu aprendi que você não deveria estar tão ansioso em descobrir um segredo. Pode ser que ele mude sua vida para sempre...

Eu aprendi que duas pessoas podem olhar exatamente a mesma coisa e podem ver algo totalmente diferente...

Eu aprendi que as pessoas que você se preocupa a maioria das vezes são levadas de você muito cedo...

Eu aprendi que embora a palavra amor possa ter muitos significados, perde valor quando demais usado...

Eu aprendi que é difícil determinar a linha entre ser agradável e não ferir as pessoas...
 
QUE TIPO DE PAI VOCÊ É?****
*Exator = Faz cobranças minuciosas de tudo
*Xerox = o filho tem que ser sua cópia perfeita
*Expositor = exibe o filho como um produto numa feira
Autocrata = em casa, quem decide, sou eu
*Frustrador = corta, pela raiz, qualquer iniciativa
*Caxias = se a lei existe, é para ser cumprida
*Chantagista = se não fizer isto, é porque não me ama
*Irresponsável = resolva isto com sua mãe
*Comerciante = só te dou isto, em troca daquilo
*Desligado= ignora tudo o que diz respeito ao filho
*Inseguro = quem sabe, pode dar tudo errado
*Provedor = tranqüiliza-se dando coisas ao filho
*Permissivo = o filho pode fazer tudo o que quiser
*Proprietário = o filho é meu e faço dele e com ele o que quero.
*Promotor= sempre encontra algo para acusar o filho
*Educador= ajuda a desabrochar o adulto que está na criança
*Formador= leva a sério a formação integral do filho
*Democrata= dialoga para chegara um consenso
*Disponível =reserva um tempo precioso para o filho
*Observador = acompanha atento as etapas do desenvolvimento do filho
*Previdente =prepara o filho para aprender com os fracassos porvir
*Agradecido =reconhece no filho um presente de Deus, aos seus cuidados
*Libertador= alerta que a verdadeira liberdade é um bem que se conquista
*Responsável= paga o preço de nunca ser omisso
*Religioso= revela que a vida não se limita aos horizontes terrenos.
*Paciente= ensina que a maturidade não acontece sem tropeços
*Esperançoso= acena para a luz, que está sempre no fim do túnel
*Corajoso = enfrenta os combates pelo sentido da vida
*Prudente= orienta afazer os passos, de acordo comas pernas
*Realista =prepara o filho para viver muito além dos limites da família
******

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

QUANDO EU MORRER

Quando eu morrer quero ficar,
Não contem aos meus inimigos,
Sepultado em minha cidade,
          Saudade.

Meus pés enterrem na rua Aurora,
No Paissandu deixem meu sexo,
Na Lopes Chaves a cabeça
          Esqueçam.

No Pátio do Colégio afundem
O meu coração paulistano:
Um coração vivo e um defunto
          Bem juntos.

Escondam no Correio o ouvido
Direito, o esquerdo nos Telégrafos,
Quero saber da vida alheia,
          Sereia.

O nariz guardem nos rosais,
A língua no alto do Ipiranga
Para cantar a liberdade.
          Saudade...

Os olhos lá no Jaraguá
Assistirão ao que há de vir,
O joelho na Universidade,
          Saudade...

As mãos atirem por aí,
Que desvivam como viveram,
As tripas atirem pro Diabo,
Que o espírito será de Deus.
          Adeus.

                            De Lira Paulistana
 
A MEDITAÇÃO SOBRE O TIETÊ
                           (trecho inicial)

                    Água do meu Tietê,
                    Onde me queres levar?
                    — Rio que entras pela terra
                    E que me afastas do mar...

É noite. E tudo é noite. Debaixo do arco
                                            [ admirável
Da Ponte das Bandeiras o rio
Murmura num banzeiro de água pesada e oleosa.
É noite e tudo é noite. Uma ronda de sombras,
Soturnas sombras, enchem de noite tão vasta
O peito do rio, que é como se a noite fosse
                                            [ água,
Água noturna, noite líquida, afogando de
                                            [ apreensões
As altas torres do meu coração exausto. De
                                            [ repente
O óleo das águas recolhe em cheio luzes
                                            [ trêmulas,
É um susto. E num momento o rio
Esplende em luzes inumeráveis, lares, palácios
                                            [ e ruas,
Ruas, ruas, por onde os dinossauros caxingam
Agora, arranha-céus valentes donde saltam
Os bichos blau e os punidores gatos verdes,
Em cânticos, em prazeres, em trabalhos e
                                            [ fábricas,
Luzes e glória. É a cidade... É a emaranhada
                                            [ forma
Humana corrupta da vida que muge e se aplaude.
E se aclama e se falsifica e se esconde. E
                                             [ deslumbra.
Mas é um momento só. Logo o rio escurece de
                                             [ novo,
Está negro. As águas oleosas e pesadas se
                                             [ aplacam
Num gemido. Flor. Tristeza que timbra um
                             [ caminho de morte.
É noite. E tudo é noite. E o meu coração
                                   [ devastado
É um rumor de germes insalubres pela noite
                           [ insone e humana.

                            De Lira Paulistana
 
A MEDITAÇÃO SOBRE O TIETÊ
                           (trecho inicial)

                    Água do meu Tietê,
                    Onde me queres levar?
                    — Rio que entras pela terra
                    E que me afastas do mar...

É noite. E tudo é noite. Debaixo do arco
                                            [ admirável
Da Ponte das Bandeiras o rio
Murmura num banzeiro de água pesada e oleosa.
É noite e tudo é noite. Uma ronda de sombras,
Soturnas sombras, enchem de noite tão vasta
O peito do rio, que é como se a noite fosse
                                            [ água,
Água noturna, noite líquida, afogando de
                                            [ apreensões
As altas torres do meu coração exausto. De
                                            [ repente
O óleo das águas recolhe em cheio luzes
                                            [ trêmulas,
É um susto. E num momento o rio
Esplende em luzes inumeráveis, lares, palácios
                                            [ e ruas,
Ruas, ruas, por onde os dinossauros caxingam
Agora, arranha-céus valentes donde saltam
Os bichos blau e os punidores gatos verdes,
Em cânticos, em prazeres, em trabalhos e
                                            [ fábricas,
Luzes e glória. É a cidade... É a emaranhada
                                            [ forma
Humana corrupta da vida que muge e se aplaude.
E se aclama e se falsifica e se esconde. E
                                             [ deslumbra.
Mas é um momento só. Logo o rio escurece de
                                             [ novo,
Está negro. As águas oleosas e pesadas se
                                             [ aplacam
Num gemido. Flor. Tristeza que timbra um
                             [ caminho de morte.
É noite. E tudo é noite. E o meu coração
                                   [ devastado
É um rumor de germes insalubres pela noite
                           [ insone e humana.

                            De Lira Paulistana
 
Eu não me calo.

Eu preconizo um amor inexorável.

E não me importa pessoa nem cão:
Só o povo me é considerável,
Só a pátria é minha condição.

Povo e pátria manejam meu cuidado,
Pátria e povo destinam meus deveres
E se logram matar o revoltado
Pelo povo, é minha Pátria quem morre.

É esse meu temor e minha agonia.

Por isso no combate ninguém espere
Que se quede sem voz minha poesia.

(Neruda, 1980)

 
Soneto

Tanta lágrima hei já, senhora minha,
Derramado dos olhos sofredores,
Que se foram com elas meus ardores
E ânsia de amar que de teus dons me vinha.

Todo o pranto chorei. Todo o que eu tinha,
caiu-me ao peito cheio de esplendores,
E em vez de aí formar terras melhores,
Tornou minha alma sáfara e maninha.

E foi tal o chorar por mim vertido,
E tais as dores, tantas as tristezas
Que me arrancou do peito vossa graça,

Que de muito perder, tudo hei perdido!
Não vejo mais surpresas nas surpresas
E nem chorar sei mais, por mor desgraça!
Mário de Andrade



 
Quando eu morrer quero ficar
Quando eu morrer quero ficar,
Não contem aos meus inimigos,
Sepultado em minha cidade,
Saudade.

Meus pés enterrem na rua Aurora,
No Paissandu deixem meu sexo,
Na Lopes Chaves a cabeça
Esqueçam.

No Pátio do Colégio afundem
O meu coração paulistano:
Um coração vivo e um defunto
Bem juntos.

Escondam no Correio o ouvido
Direito, o esquerdo nos Telégrafos,
Quero saber da vida alheia,
Sereia.

O nariz guardem nos rosais,
A língua no alto do Ipiranga
Para cantar a liberdade.
Saudade...

Os olhos lá no Jaraguá
Assistirão ao que há de vir,
O joelho na Universidade,
Saudade...

As mãos atirem por aí,
Que desvivam como viveram,
As tripas atirem pro Diabo,
Que o espírito será de Deus.
Adeus.

Mário de Andrade
 
Epitalâmio

O alto fulgor desta paixão insana
Há-de cegar nossos corações
E deserdados da esperança humana
Palmilharemos por escuridões...

Não mais te orgulharás da soberana
Beleza! e eu, minhas cálidas canções
Não mais dedilharei com mão ufana
Na harpa de luz das minhas ilusões!...

Pela realização que ora se ultima
Vai apagar-se em breve o alto fulgor
Que te inflama e ilumina o meu desejo...

Como no último verso a última rima,
Eu deporei, sem gozo e sem calor,
Meu derradeiro beijo no teu beijo!
Mário de Andrade
Tentação

Eu fechei os meus lábios para a vida
E a ninguém beijo mais, meus lábios são,
Cmo astros frios que, com a luz perdida,
Rolam de caos em caos na escuridão.

Não que a alma tenha já desiludida
Ou me faleçam os desejos, não!
O que outrem prejulgava uma descida,
É subir para mim, elevação!

Vejo o calvário por que anseio, vejo
O Madeiro sublime, "Glórias" ouço,
E subo! A terra geme... eu paro. (É um beijo.)

A moita bole... Eu tremo. (É um corpo.) Oh Cruz,
Como estás longe ainda! E eu sou tão moço!
E em derredor de mim tudo seduz!...
Mário de Andrade
 
Ode ao Burguês

Eu insulto o burgês! O burguês-níquel,
o burguês-burguês!
A digestão bem feita de São Paulo!
O homem-curva! o homem-nádegas!
O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,
é sempre um cauteloso pouco-a-pouco!

Eu insulto as aristocracias cautelosas!
os barões lampiões! os condes Joões! os duques zurros!
que vivem dentro de muros sem pulos,
e gemem sangues de alguns mil-réis fracos
para dizerem que as filhas da senhora falam o francês
e tocam os “Printemps” com as unhas!

Eu insulto o burguês-funesto!
O indigesto feijão com toucinho, dono das tradições!
Fora os que algarismam os amanhãs!
Olha a vida dos nossos setembros!
Fará Sol? Choverá? Arlequinal!
Mas à chuva dos rosais
o êxtase fará sempre Sol!

Morte à gordura!
Morte às adiposidades cerebrais
Morte ao burguês-mensal!
ao burguês-cinema! ao burguês-tílburi!
Padaria Suissa! Morte viva ao Adriano!
“_ Ai, filha, que te darei pelos teus anos?
_ Um colar… _ Conto e quinhentos!!!
Mas nós morremos de fome!”

Come! Come-te a ti mesmo, oh! gelatina pasma!
Oh! purée de batatas morais!
Oh! cabelos nas ventas! oh! carecas!
Ódio aos temperamentos regulares!
Ódio aos relógios musculares! Morte à infâmia!
Ódio à soma! Ódio aos secos e molhados!
Ódio aos sem desfalecimentos nem arrependimentos,
sempiternamente as mesmices convencionais!
De mãos nas costas! Marco eu o compasso! Eia!
Dois a dois! Primeira posição! Marcha!
Todos para a Central do meu rancor inebriante!

Ódio e insulto! Ódio e raiva! Ódio e mais ódio!
Morte ao burguês de giolhos,
cheirando religião e que não crê em Deus!
Ódio vermelho! Ódio fecundo! Ódio cíclico!
Ódio fundamento, sem perdão!

Fora! Fu! Fora o bom burguês!…
 
Moça Linda Bem Tratada

Moça linda bem tratada,
Três séculos de família,
Burra como uma porta:
Um amor.

Grã-fino do despudor,
Esporte, ignorância e sexo,
Burro como uma porta:
Um coió.

Mulher gordaça, filó,
De ouro por todos os poros
Burra como uma porta:
Paciência...

Plutocrata sem consciência,
Nada porta, terremoto
Que a porta do pobre arromba:
Uma bomba.
Mário de Andrade
 
Quarenta Anos

A vida é para mim, está se vendo,
Uma felicidade sem repouso;
Eu nem sei mais se gozo, pois que o gozo
Só pode ser medido em se sofrendo.

Bem sei que tudo é engano, mas sabendo
Disso, persisto em me enganar... Eu ouso
Dizer que a vida foi o bem precioso
Que eu adorei. Foi meu pecado... Horrendo

Seria, agora que a velhice avança,
Que me sinto completo e além da sorte,
Me agarrar a esta vida fementida.

Vou fazer do meu fim minha esperança,
Oh sono, vem!... Que eu quero amar a morte
Com o mesmo engano com que amei a vida.
Mário de Andrade
 

Eterna Presença

Este feliz desejo de abraçar-te,
Pois que tão longe tu de mim estás,
Faz com que te imagine em toda a parte
Visão, trazendo-me ventura e paz.

Vejo-te em sonho, sonho de beijar-te;
Vejo-te sombra, vou correndo atrás;
Vejo-te nua, oh branco lírio de arte,
Corando-me a existência de rapaz...

E com ver-te e sonhar-te, esta lembrança
Geratriz, esta mágica saudade,
Dá-me a ilusão de que chegaste enfim;

Sinto alegrias de quem pede e alcança
E a enganadora força de, em verdade,
Ter-te, longe de mim, juntinho a mim.
Mário de Andrade
Quando eu morrer quero ficar
Quando eu morrer quero ficar,
Não contem aos meus inimigos,
Sepultado em minha cidade,
Saudade.

Meus pés enterrem na rua Aurora,
No Paissandu deixem meu sexo,
Na Lopes Chaves a cabeça
Esqueçam.

No Pátio do Colégio afundem
O meu coração paulistano:
Um coração vivo e um defunto
Bem juntos.

Escondam no Correio o ouvido
Direito, o esquerdo nos Telégrafos,
Quero saber da vida alheia,
Sereia.

O nariz guardem nos rosais,
A língua no alto do Ipiranga
Para cantar a liberdade.
Saudade...

Os olhos lá no Jaraguá
Assistirão ao que há de vir,
O joelho na Universidade,
Saudade...

As mãos atirem por aí,
Que desvivam como viveram,
As tripas atirem pro Diabo,
Que o espírito será de Deus.
Adeus.
Mário de Andrade

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Retrato 
Cecília Meirelles

Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha  este coração
Que nem se mostra.
 Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida a minha face?  




""Chuva"

Chuva, caindo tão mansa,
Na paisagem do momento,
Trazes mais esta lembrança
De profundo isolamento.

Chuva, caindo em silêncio
Na tarde, sem claridade...
A meu sonhar d'hoje, vence-o
Uma infinita saudade.

Chuva, caindo tão mansa,
Em branda serenidade.
Hoje minh'alma descansa.
— Que perfeita intimidade!...

Francisco Bugalho
in "Paisagem"
(1905-1949)


Bendito seja Deus que nos deu amigos e flores... E fez da amizade a flor mais bela de todos os jardins."
Machado de Assis

❝É a vida despertando sua beleza em cada detalhe.
É Deus abrindo horizontes novos todos os dias e nos fazendo acreditar que o Milagre é constante, que há renovação após a noite, que há solução após o choro. Que para tudo há um novo sol, um novo dia, e que a felicidade é coisa simples para quem sabe ter esperança e fé.❞



O POEMA DA PAZ

O dia mais belo: hoje
A coisa mais fácil: errar
O maior obstáculo: o medo
O maior erro: o abandono
A raiz de todos os males: o egoísmo
A distração mais bela: o trabalho
A pior derrota: o desânimo
Os melhores professores: as crianças
A primeira necessidade: comunicar-se
O que traz felicidade: ser útil aos demais
O pior defeito: o mau humor
A pessoa mais perigosa: a mentirosa
O pior sentimento: o rancor
O presente mais belo: o perdão
O mais imprescindível: o lar
A rota mais rápida: o caminho certo
A sensação mais agradável: a paz interior
A maior proteção efetiva: o sorriso
O maior remédio: o otimismo
A maior satisfação: o dever cumprido
A força mais potente do mundo: a fé
As pessoas mais necessárias: os pais
A mais bela de todas as coisas: O AMOR!!!

Madre Teresa de Calcutá

Não quero ficar na tua vida como uma paixão mal resolvida.
Dessas que fica o perfume...
O sorriso...
oOolhar descontrolado...
Daqueles que deixa marcas no pescoço...
Que faz a gente desmaiar...


Sinto o amor escapar pelos vãos das mãos como se fosse um fonte incontrolável!
E esse descontrole leva consigo meus sonhos,minha vida.
Sinto tudo esvaindo-se numa velocidade descontrolada.
Sei que as vezes não temos controle dos sonhos....
Controle da vida,dos desejos...
Ah!Se você soubesse como te amo,mesmo tendo a certeza que nunca mais vou ter você comigo,pois fazemos escolhas.
E dessas escolhas extingue-se os demais desejos,as demais certezas....
A vida é uma caixinha de surpresas que nunca sabemos o que vai sair de lá!
E se preparar é uma questão de posicionamentos..Umas vezes acertamos,outras nem sempre.


"No fundo, alguma coisa me diz que vai dar tudo certo.
Que os caminhos são tortos mas a chegada é certa.
Que há coisas bonitas esperando lá na frente, se a gente acredita.
E eu acredito! Vivo de acreditar. E acredito, que o que importa mesmo,
não são as pedras que encontro pelo caminho, mas sim, as flores, que carrego comigo."
Monalisa Macêdo -

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.
São Francisco de Assis




A Garota mais bonita que eu conheço
A garota mais bonita que eu conheço
não é nenhuma miss, nem engata tantos olhares quando passa por aí
A garota mais bonita que eu conheço
nem acha que é bonita.
Acha graça e não acredita
quando eu a digo assim
A garota mais bonita que eu conheço
não faz nada para parecer bonita
Não faz boa maquiagem,
não usa jóias ou roupas da moda,
não vai pra academia nem tem belo manequim
A garota mais bonita que eu conheço simplesmente sorri,
e, quando sorri,
ela é a garota mais linda do mundo!
Augusto Branco



“Determinação, coragem e autoconfiança são fatores decisivos para o sucesso. Não importa quais sejam os obstáculos e as dificuldades. Se estamos possuídos de uma inabalável determinação, conseguiremos superá-los. Independentemente das circunstâncias, devemos ser sempre humildes, recatados e despidos de orgulho.”
― Dalai Lama




Todo jardim começa com uma história de amor, antes que qualquer árvore seja plantada ou um lago construído é preciso que eles tenham nascido dentro da alma.
Quem não planta jardim por dentro, não planta jardins por fora e nem passeia por eles.

Rubem Alves
"Eu sou aquela mulher a quem o tempo muito ensinou.
Ensinou a amar a vida. Não desistir da luta. Recomeçar na derrota. Renunciar a palavras e pensamentos negativos. Acreditar nos valores humanos. Ser otimista..."
___Cora Coralina



Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim, que seja doce. Quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo; repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante. Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder. Tudo é tão vago como se fosse nada.

Caio Fernando Abreu


MESES DO ANO