terça-feira, 27 de setembro de 2016


Todas as Vidas
Vive dentro de mim
uma cabocla velha
de mau-olhado,
acocorada ao pé
do borralho,
olhando para o fogo.
Benze quebranto.
Bota feitiço…
Ogum. Orixá.
Macumba, terreiro.
Ogã, pai-de-santo…
Vive dentro de mim
a lavadeira
do Rio Vermelho.
Seu cheiro gostoso
d’água e sabão.
Rodilha de pano.
Trouxa de roupa,
pedra de anil.
Sua coroa verde
de São-caetano.
Vive dentro de mim
a mulher cozinheira.
Pimenta e cebola.
Quitute bem feito.
Panela de barro.
Taipa de lenha.
Cozinha antiga
toda pretinha.
Bem cacheada de picumã.
Pedra pontuda.
Cumbuco de coco.
Pisando alho-sal.
Vive dentro de mim
a mulher do povo.
Bem proletária.
Bem linguaruda,
desabusada,
sem preconceitos,
de casca-grossa,
de chinelinha,
e filharada.
Vive dentro de mim
a mulher roceira.
-Enxerto de terra,
Trabalhadeira.
Madrugadeira.
Analfabeta.
De pé no chão.
Bem parideira.
Bem criadeira.
Seus doze filhos,
Seus vinte netos.
Vive dentro de mim
a mulher da vida.
Minha irmãzinha…
tão desprezada,
tão murmurada…
Fingindo ser alegre
seu triste fado.
Todas as vidas
dentro de mim:
Na minha vida -
a vida mera
das obscuras!
Cora Coralina )

Minha infância
(Freudiana)
Éramos quatro as filhas de minha mãe.
Entre elas ocupei sempre o pior lugar.
Duas me precederam – eram lindas, mimadas.
Devia ser a última, no entanto,
veio outra que ficou sendo a caçula.
Quando nasci, meu velho Pai agonizava,
logo após morria.
Cresci filha sem pai,
secundária na turma das irmãs.
Eu era triste, nervosa e feia.
Amarela, de rosto empalamado.
De pernas moles, caindo à toa.
Os que assim me viam – diziam:
“- Essa menina é o retrato vivo
do velho pai doente”.
Tinha medo das estórias
que ouvia, então, contar:
assombração, lobisomem, mula sem cabeça.
Almas penadas do outro mundo e do capeta.
Tinha as pernas moles
e os joelhos sempre machucados,
feridos, esfolados.
De tanto que caía.
Caía à toa.
Caía nos degraus.
Caía no lajedo do terreiro.
Chorava, importunava.
De dentro a casa comandava:
“- Levanta, moleirona”.
Minhas pernas moles desajudavam.
Gritava, gemia.
De dentro a casa respondia:
“- Levanta, pandorga”.
Caía à toa…
nos degraus da escada,
no lajeado do terreiro.
Chorava. Chamava. Reclamava.
De dentro a casa se impacientava:
” – Levanta, perna-mole…”
E a moleirona, pandorga, perna-mole
se levantava com seu próprio esforço.
Meus brinquedos…
Coquilhos de palmeira.
Bonecas de pano.
Caquinhos de louça.
Cavalinhos de forquilha.
Viagens infindáveis…
Meu mundo imaginário
mesclado à realidade.
E a casa me cortava: “menina inzoneira!”
Companhia indesejável – sempre pronta
a sair com minhas irmãs,
era de ver as arrelias
e as tramas que faziam
para saírem juntas
e me deixarem sozinha,
sempre em casa.
A rua… a rua!…
(Atração lúdica, anseio vivo da criança,
mundo sugestivo de maravilhosas descobertas)
- proibida às meninas do meu tempo.
Rígidos preconceitos familiares,
normas abusivas de educação
- emparedavam.
A rua. A ponte. Gente que passava,
o rio mesmo, correndo debaixo da janela,
eu via por um vidro quebrado, da vidraça
empanada.
Na quietude sepulcral da casa,
era proibida, incomodava, a fala alta,
a risada franca, o grito espontâneo,
a turbulência ativa das crianças.
Contenção… motivação…Comportamento estreito,
limitando, estreitando exuberâncias,
pisando sensibilidades.
A gesta dentro de mim…
Um mundo heroico, sublimado,
superposto, insuspeitado,
misturado à realidade.
E a casa alheada, sem pressentir a gestação,
acrimoniosa repisava:
” – Menina inzoneira!”
O sinapismo do ablativo
queimava.
Intimidada, diminuída. Incompreendida.
Atitudes impostas, falsas, contrafeitas.
Repreensões ferinas, humilhantes.
E o medo de falar…
E a certeza de estar sempre errando…
Aprender a ficar calada.
Menina abobada, ouvindo sem responder.
Daí, no fim da minha vida,
esta cinza que me cobre…
Este desejo obscuro, amargo, anárquico
de me esconder,
mudar o ser, não ser,
sumir, desaparecer,
e reaparecer
numa anônima criatura
sem compromisso de classe, de família.
Eu era triste, nervosa e feia.
Chorona.
Amarela de rosto empalamado,
de pernas moles, caindo à toa.
Um velho tio que assim me via
dizia:
“- Esta filha de minha sobrinha é idiota.
Melhor fora não ter nascido!”
Melhor fora não ter nascido…
Feia, medrosa e triste.
Criada à moda antiga,
- ralhos e castigos.
Espezinhada, domada.
Que trabalho imenso dei à casa
para me torcer, retorcer,
medir e desmedir.
E me fazer tão outra,
diferente,
do que eu deveria ser.
Triste, nervosa e feia.
Amarela de rosto empapuçado.
De pernas moles, caindo à toa.
Retrato vivo de um velho doente.
Indesejável entre as irmãs.
Sem carinho de Mãe.
Sem proteção de Pai…
- melhor fora não ter nascido.
E nunca realizei nada na vida.
Sempre a inferioridade me tolheu.
E foi assim, sem luta, que me acomodei
na mediocridade de meu destino.



Cora Coralina – Poemas

Cora Coralina – Poemas
Aninha e suas pedras
Não te deixes destruir…
Ajuntando novas pedras
e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha
um poema.
E viverás no coração dos jovens
e na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.
Vem a estas páginas
e não entraves seu uso
aos que têm sede.


Estrela da manhã
Eu quero a estrela da manhã
Onde está a estrela da manhã?
Meus amigos meus inimigos
Procurem a estrela da manhã
Ela desapareceu ia nua
Desapareceu com quem?
Procurem por toda a parte
Digam que sou um homem sem orgulho
Um homem que aceita tudo
Que me importa? Eu quero a estrela da manhã
Três dias e três noites
Fui assassino e suicida
Ladrão, pulha, falsário
Virgem mal-sexuada
Atribuladora dos aflitos
Girafa de duas cabeças
Pecai por todos pecai com todos
Pecai com os malandros
Pecai com os sargentos
Pecai com os fuzileiros navais
Pecai de todas as maneiras
Com os gregos e com os troianos
Com o padre e com o sacristão
Com o leproso de Pouso Alto
Depois comigo
Te esperarei com mafuás novenas cavalhadas
comerei terra e direi coisas de uma ternura tão simples
Que tu desfalecerás
Procurem por toda parte
Pura ou degradada até a última baixeza
eu quero a estrela da manhã




 Dia a Dia
Assim começa o meu dia,
Bocejo, levanto, tomo café.
Como num déjà vu, repetição.
Devagar prossigo minha luta.
Encontrando obstáculos,
Fugindo de tarefas inglórias.
Ganhando o pão nosso de cada dia.
Hoje é dia de recomeço. Interminável!
Introduzo força de vontade pra prosseguir,
Jamais desisto, insisto, luto, resisto.
Karaokê pra espantar os males,
Lembranças, da vida que um dia planejei.
Momentos importantes, instantes.
Nunca esquecidos, guardados.
Oriundos de minhas fraquezas,
Porque preciso de relembranças
Quando se aproxima a depressão.
Rompo barreiras intransponíveis.
Sabendo que eu mesmo, as criei.
Tomo cachaça pra aquecer meu corpo,
Unto meus lábios aos seus,
Vamos pra nosso ninho de amor,
Watts de energia em nossos corpos.
Xampu em seus cabelos, cheiro de flor.
Yôga você faz depois de horas me amando.
Zelo por mim, e no final de tudo me chama de amor.

(Allan Ribeiro Fraga)


O teu riso
Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.
Não me tires a rosa,
a lança que desfolhas,
a água que de súbito
brota da tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.
A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados
às vezes por ver
que a terra não muda,
mas ao entrar teu riso
sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas
as portas da vida.
Meu amor, nos momentos
mais escuros solta
o teu riso e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,
ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
como uma espada fresca.
À beira do mar, no outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,
e na primavera, amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria sonora.
Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.


                                                                     Presságio

O AMOR, quando se revela,
 Não se sabe revelar.
 Sabe bem olhar p'ra ela,
 Mas não lhe sabe falar.
 
 Quem quer dizer o que sente
 Não sabe o que há de dizer.
 Fala: parece que mente...
 Cala: parece esquecer...
 
 Ah, mas se ela adivinhasse,
 Se pudesse ouvir o olhar, 
 E se um olhar lhe bastasse
 P'ra saber que a estão a amar!
 
 Mas quem sente muito, cala;
 Quem quer dizer quanto sente
 Fica sem alma nem fala,
 Fica só, inteiramente!
 
 Mas se isto puder contar-lhe
 O que não lhe ouso contar,
 Já não terei que falar-lhe
 Porque lhe estou a falar...






Acróstico


Acróstico
Acróstico

Dra. Zilda Arns Neumann
De pessoas como ela o nosso mundo está precisando
Realmente algumas personalidades têm um dom especial
Ame ao seu próximo nosso Pai amado está avisando
Zilda Arns cumpriu a sua jornada aqui na nossa terra
Infelizmente sua morte trágica causou muita comoção
Lutou como soldado valente que enfrenta uma guerra
Descanse em paz é o nosso desejo com forte emoção
A sua gloriosa caminhada entre nós com vitória encerra
A sua luta pelos necessitados serve como exemplo
Reconheçamos que esta mulher não morreu a esmo
No seu semblante sorridente muita paz eu contemplo
Sem dúvidas ela amou ao próximo como a si mesmo
Leitor não levantei falso
Escrevi o que se deu,
Aquelle grande sucesso
Na Bahia aconteceu,
Da forma que o velho cão,
Rolou morto sobre o chão
Onde o seu senhor morreu.
(





Tenho tanta saudades de você!
Meu bem quer.
Ah!Se você soubesse quanta falta me faz!
Seu sorriso único.
Seu olhar encantado com o meu.
Sem sua alegria ,não tem nada que alegra o meu dia!
Como eu sonho te encontrar,aliás te reencontrar, um dia!
Por que a gente perde  as pessoas amamos e nem nos damos conta!
Só percebemos  quando a saudades quando esta doendo.
E dói ,dói muito,dilacera o peito, nada nesse mundo é perfeito!
Mas você mora dentro meu peito.
E tem aqui todo,todo direito.
Ah! se eu soubesse que você iria.
Teria aproveitado mais...abraçado mais...,amado mais.....
Mas,gente sente quando não tem mais
Aquele abraço,aquele,sorriso,aquele olhar!
Sempre é tarde quando a gente descobre que ama!
Amar sozinho não tem graça!
E ,é por isso que o amor é dado de graça!
Muitas vezes ele se passa despercebido e eu tinha você como só meu amigo!
Saudade!
Saudades!
Saudades mil!

27/09/2016
RMS

sexta-feira, 23 de setembro de 2016




 Analfabeto Político
(Bertold Brecht)


O pior analfabeto
É o analfabeto político,
Ele não ouve, não fala,
Nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe o custo da vida,
O preço do feijão, do peixe, da farinha,
Do aluguel, do sapato e do remédio
Dependem das decisões políticas.
O analfabeto político
É tão burro que se orgulha
E estufa o peito dizendo
Que odeia a política.
Não sabe o imbecil que,
da sua ignorância política
Nasce a prostituta, o menor abandonado,
E o pior de todos os bandidos,
Que é o político vigarista,
Pilantra, corrupto e lacaio
Das empresas nacionais e multinacionais.




Vinte e uma coisas que aprendi como escritor


Moacyr Scliar

APRENDI que escrever é basicamente contar histórias, e que os melhores livros de ficção que li eram aqueles que tinham uma história para contar.

APRENDI que o ato de escrever é uma seqüela do ato de ler. É preciso captar com os olhos as imagens das letras, guardá-las no reservatório que temos em nossa mente e utilizá-las para compor depois as nossas próprias palavras.

APRENDI que, quando se começa, plagiar não faz mal nenhum. Copiei descaradamente muitos escritores, Monteiro Lobato, Viriato Correa e outros. Não se incomodaram com isto. E copiar me fez muito bem.

APRENDI que, quando se começa a escrever, sempre se é autobiográfico, o que - de novo - não prejudica. Mas os escritores que ficam sempre na autobiografia, que só olham para o próprio umbigo, acabam se tornando chatos.

APRENDI que, para aprender a escrever, tinha de escrever. Não adiantava só ficar falando de como é bonito ( ... )

APRENDI que uma boa idéia pode ocorrer a qualquer momento: conversando com alguém, comendo, caminhando, lendo (e, segundo Agatha Christie, lavando pratos).

APRENDI que uma boa idéia é realmente boa quando não nos abandona, quando nos persegue sem cessar. O grande teste para uma idéia é tentar se livrar dela. Se veio para ficar, se resiste ao sono, ao cansaço, ao cotidiano, é porque merece atenção.

APRENDI que aeroportos e bares são grandes lugares para se escrever. O bar, por razões óbvias; o aeroporto, porque neles a vida como que está em suspenso. Nada como uma existência provisória para despertar a inspiração literária.

APRENDI que as costas do talão de cheque é um bom lugar para anotar idéias (é por isso que escritor tem de ganhar a grana suficiente para abrir uma conte bancária). O guardanapo do restaurante também serve, desde que seja de papel e não de pano. (...)

APRENDI que o computador é um grande avanço no trabalho de escrever, mas tem um único inconveniente: elimina os originais, os riscos, os borrões, e portanto a história do texto, a qual - como toda história - pode nos ensinar muito.
APRENDI que a mancha gráfica representada pelo texto impresso diz muito sobre este mesmo texto. As linhas não podem estar cheias de palavras; o espaço vazio é tão eloqüente quanto o espaço preenchido pela escrita. O texto precisa respirar, e quando respira, fica graficamente bonito. Um texto bonito é um texto bom.

APRENDI a rasgar e jogar fora. Quando um texto não é bom, ele não é bom - ponto. Por causa da auto-comiseração (é a nossa vida que está ali!) temos a tentação de preservá-lo, esperando que, de forma misteriosa, melhore por si. Ilusão. É preciso ter a coragem de se desfazer. A cesta de papel é uma grande amiga do escritor. (...)

APRENDI a não ter pressa de publicar. Já se ouviu falar de muitos escritores batendo aflitos, à porta de editores. O que é mais raro, muito mais raro, são os leitores batendo à porta do escritor.

APRENDI a não reler meus livros. Um livro tem existência autônoma, boa e má. Não precisa do olhar de quem o escreveu para sobreviver.

APRENDI que, para um escritor, um livro é como um filho, mas que é preciso diferenciar entre filhos e livros.

APRENDI que terminar um livro se acompanha de uma sensação de vazio, mas que o vazio também faz parte da vida de quem escreve.

APRENDI que há uma diferença entre literatura e vida literária, entre literatura e política literária. Escrever é um vício solitário.

APRENDI a diferenciar entre o verdadeiro crítico e o falso crítico. O falso crítico não está falando do que leu. Está falando dos seus próprios problemas.

APRENDI que, para um escritor, frio na barriga ou pêlos do braço arrepiados são um bom sinal: um livro vem vindo aí.


A tal da resiliência

                                                                        Fátima Pereira 
Três fatos  me inspiraram a escrever este artigo: a entrevista de um artista plástico brasileiro mundialmente conhecido -  em resposta a Roberto D’Ávila sobre sua infância pobre respondeu que sempre gostou  de estudar,  acreditava  na importância da escola e do saber para superar as dificuldades; um amigo que me contou sobre sua infância pobre no Rio de Janeiro,  hoje já conheceu uma parte do mundo, inclusive o Egito -  um sonho que parecia  impossível ao menino pobre; uma amiga - aos 30 anos descobriu um câncer, não se abateu, continuou sua vida, lutou com todas as forças contra a doença, hoje está muito bem e  feliz agora com o nascimento do primeiro filho.
O que essas três pessoas tem em comum?
Souberam amortecer os impactos negativos  em algum momento da vida e superaram as adversidades encontradas em seu caminho de forma totalmente positiva.
O que para uns é o fim do mundo, para outros é apenas um problema a ser superado. Viver na pobreza, perder o  emprego,  a morte de um ente querido, fim de relacionamento, mudança no padrão sócio-econômico, desastres ambientais ou pessoais, uma grave doença, são fatos que podem acontecer  na vida de qualquer pessoa. Como cada um lida com a situação depende de sua capacidade em usar seus recursos internos e externos,  sua visão de mundo e sua compreensão da vida.
Mas o que tem a ver a tal resiliência com isso?

Resiliência é um termo emprestado da  física que significa capacidade de um material voltar ao seu estado normal depois de ter sofrido uma deformação (Dicionário Houaiss)¹. Atualmente muito usado em psicologia e educação,  resiliência, em termos gerais é  “a capacidade do indivíduo sobrepor-se e construir-se positivamente frente às adversidades” ou seja, é a capacidade do ser humano voltar ao normal depois de uma situação muito problemática, com grande pressão e stress.
Muitos  estudiosos têm  se dedicado ao assunto, no Brasil cada vez mais pesquisadores² se dedicam ao estudo da resiliência, sobretudo  no comportamento de jovens, na saúde mental, no estudo comportamental, área da educação, em gerenciamento de pessoal nas grandes corporações etc.
Não vou me ater a termos técnicos ou estudos aprofundados porque não é esse o meu enfoque. Quero apenas expor  algumas questões sobre a resiliência, segundo meu modo de ver ou o pouco que conheço do assunto, como pesquisadora da educação, o tema me chama  atenção, principalmente no trabalho com jovens e adultos.
Toda pessoa tem  recursos de caráter interno (estabilidade emocional, positivismo, auto-estima, autoconfiança, racionalidade, flexibilidade etc.) e externo (trabalho, esporte ou uma atividade prazerosa, estudo, amizades,  família etc.) que podem ajudá-la a administrar melhor a vida. A capacidade que cada um tem de usar isso a seu favor nas adversidades da vida é que faz a diferença entre o crescimento pessoal e a estagnação total.
Mesmo em circunstancias desfavoráveis  uma pessoa resiliente consegue superar  suas dificuldades,  experiências dolorosas servem como lição de vida, nunca como desculpa para esmorecer ou desistir.
Há duas frases da sabedoria popular que gosto muito de usar:
Tudo na vida passa!
Você é sempre mais forte do que imagina. Paz, saúde, harmonia  e muito trabalho a todos!

Notas

¹ Há outras definições, se desejar pode buscar em outros dicionários, mas o sentido será parecido
² A psicoterapeuta e empresária paulistana Claudia Riecken,  lançou o livro “Sobreviver: Instinto de Vencedor – Os 12 Portais da Resiliência e a Personalidade dos Sobreviventes” (Editora Saraiva)
  Há vários estudos disponibilizados na Internet e dicas de bibliografia sobre o assunto, caso o leitor deseje se aprofundar no tema.


É primavera!

Na primavera tudo se renova!
As flores vem coloridas
Para enfeitar nossa vida!

Os beija-flores ficam agitados
Por que tem flores para todo lado.
È hora de trabalhar pra dar conta do recado!

As abelhas polinizam
Garantindo a próxima produção
Para fazer a alegrias dos seres vivos do Planeta!

Como é bom sentir cheio de de terra molhada.
Perfume de flor ainda em botão.
A Primavera é uma estação que alegra o nosso coração.

A Primavera é azul,rosa,vermelha e amarela!
Como é lindo ver as cores que surgem na Primavera!
Encantam os nossos olhos e aguça a nossa emoção.

Rose Santana -23/09/2016

quarta-feira, 14 de setembro de 2016


“Imagine a vida como um jogo, no qual você faz malabarismo com cinco bolas que lança ao ar. Essas bolas são: o trabalho, a família, a saúde, os amigos e o espírito.
O trabalho é uma bola de borracha. Se cair, bate no chão e pula para cima. Mas as quatro outras são de vidro. Se caírem no chão, quebrarão e ficarão permanentemente danificadas. Entenda isso e busque o equilíbrio na vida. Como?
Não diminua seu próprio valor, comparando-se com outras pessoas. Somos todos diferentes. Cada um de nós é um ser especial. Não fixe seus objetivos com base no que os outros acham importante. Só você está em condições de escolher o que é melhor para si.
Dê valor e respeite as coisas mais queridas de seu coração. Apegue-se a elas como a própria vida. Sem elas a vida perde o sentido. Não deixe que a vida escorra entre os dedos por viver no passado ou no futuro. Se viver um dia de cada vez, viverá todos os dias de sua vida.
Não desista quando ainda for capaz de mais um esforço. Nada termina até o momento em que se deixa de tentar. Não tema admitir que não é perfeito.
Não tema enfrentar riscos, é correndo riscos que aprenderá a ser valente.
Não exclua o amor de sua vida dizendo que não o encontrará. A melhor forma de receber amor é dá-lo. A forma mais rápida de ficar sem amor é apegar-se demasiado a si próprio. A melhor forma de manter o amor é dar-lhe asas.
Não corra tanto pela vida a ponto de esquecer onde esteve e para onde vai.
Não tenha medo de aprender. O conhecimento é leve, é um tesouro que se carrega facilmente.
Não use imprudentemente o tempo ou as palavras. Não se pode recuperar.
A vida não é uma corrida, mas sim uma viagem que deve ser desfrutada a cada passo."
Desconheço a autoria.

Hoje,eu queria que ssido assim...


Dicas valiosas de Regina Brett , agora com 90 anos ...



Recebi esse texto postado abaixo por e-mail e achei bacanérrimo. E como amo muito vocês, vou compartilhar este primor com os meus amigos queridos.
Quanto ao post anterior, a respeito do meu ex, estou me recuperando bem, entretanto, eu tenho algumas recaídas, que com certeza cessarão com o passar do tempo.
Estou bem, feliz, com um belo sorriso no rosto, consciente de que eu vou seguir o meu caminho e ele o dele. Alias, como disse aqui uma vez, nossos destinos não estão mais na mesma sintonia já faz algum tempo. Na verdade, eu espero demais das pessoas e acabo me frustrando. Fica aí mais essa lição para mim.
Desejo apenas que Deus algum dia, coloque em meu caminho um amor tranquilo, sossegado, intenso e verdadeiro. Mas não estou com pressa. Meu coração ainda está na U.T.I., se recuperando para o grande momento.

Enfim... Vamos ao e-mail.
Espero que gostem!!
Dicas de Regina Brett - 90 anos 

"Para celebrar o envelhecer, uma vez eu escrevi 45 lições que a vida me ensinou. É a coluna mais requisitada que eu já escrevi.. Meu taxímetro chegou aos 90 em agosto, então, aqui está a coluna, mais uma vez:
1. A vida não é justa, mas ainda é boa.
2. Quando estiver em dúvida, apenas dê o próximo pequeno passo.
3. A vida é muito curta para perdermos tempo odiando alguém.
4. Seu trabalho não vai cuidar de você quando você adoecer. Seus amigos e seus pais vão. Mantenha contato.

5. Pague suas faturas de cartão de crédito todo mês.
6. Você não tem que vencer todo argumento. Concorde para discordar.
7. Chore com alguém. É mais curador do que chorar sozinho.
8. Está tudo bem em ficar bravo com Deus. Ele agüenta.
9. Poupe para a aposentadoria, começando com seu primeiro salário.
10. Quando se trata de chocolate, resistência é em vão.
11. Sele a paz com seu passado, para que ele não estrague seu presente.12. Está tudo bem em seus filhos te verem chorar.
13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que se trata a jornada deles.
14. Se um relacionamento tem que ser um segredo, você não deveria estar nele.
15 Tudo pode mudar num piscar de olhos; mas não se preocupe, Deus nunca pisca.
16. Respire bem fundo. Isso acalma a mente.
17. Se desfaça de tudo que não é útil, bonito e prazeroso.
18. O que não te mata, realmente te torna mais forte.
19. Nunca é tarde demais para se ter uma infância feliz. Mas a segunda só depende de você e mais ninguém.
20. Quando se trata de ir atrás do que você ama na vida, não aceite “não” como resposta.
21. Acenda velas, coloque os lençóis bonitos, use a lingerie elegante. Não guarde para uma ocasião especial. Hoje é especial.22. Se prepare bastante; depois, se deixe levar pela maré…23. Seja excêntrico agora, não espere ficar velho para usar roxo.
24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.
25. Ninguém é responsável pela sua felicidade, além de você.
26. Encare cada “chamado” desastre com essas palavras: Em cinco anos, vai importar?
27. Sempre escolha a vida.
28. Perdoe tudo de todos.
29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.
30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo
31. Independentemente de a situação ser boa ou ruim, irá mudar.
32. Não se leve tão a sério. Ninguém mais leva…
33. Acredite em milagres.
34. Deus te ama por causa de quem Ele é, não pelo que você fez ou deixou de fazer.
35. Não faça auditoria de sua vida. Apareça e faça o melhor dela agora.
36. Envelhecer é melhor do que morrer jovem.
37. Seus filhos só têm uma infância.
38. Tudo o que realmente importa, no final, é que você amou.
39. Vá para a rua todo dia. Milagres estão esperando em todos os lugares.
40. Se todos jogássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos os de todo mundo, pegaríamos os nossos de volta.
41. Inveja é perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.
42. O melhor está por vir.
43. Não importa como você se sinta, levante, se vista e apareça.44. Produza.
45. A vida não vem embrulhada em um laço, mas ainda é um presente."
Ela é uma fofa!! Bom, ela já viveu muito mais que eu, portanto, acredito nela. Rsrs

MESES DO ANO