quinta-feira, 11 de abril de 2019

Lindo buquê de rosas para o dia dos namorados e quaisquer outros occas —  Vetores de Stock

Existe uma perversa tendência de alguns professores pensarem a ideia de “mudança” atrelada à tecnologia e, dessa maneira, verbos como “” ou “inovar” sempre aparecem associados a novos recursos eletrônicos que olham como “coisas do passado” livros de papel, cadernos, lousas, lápis e canetas. Para estes, a mensagem da renovação denomina-se ensino on-line, tabletes, lousas eletrônicas e teclados. Não se pode afirmar que é essa uma concepção de ensino absurda, mas seguramente nos parece ser uma ideia incompleta.
É evidente que os recursos tecnológicos estão mudando conceitos usuais e é mais evidente ainda que em dez anos ou ainda menos não mais se pensará “sala de aula” com os elementos com que é agora a mesma percebida. O que parece, entretanto, essencial é acreditar que se não houver radical mudança na “pessoa” do professor, surgirá inseparável abismo entre seus pensamentos e os recursos eletrônicos que agora chegam. É importante acreditar que toda mudança tecnológica somente assume contorno de verdadeira mudança comportamental quando é antecedida de significativas mudanças mentais. E outras palavras, mudança real e efetiva significa mudança na maneira de pensar, para somente depois se assumir com plenitude a riqueza e a diversidade tecnológica.
Essa mudança na maneira de pensar do professor necessita se apoiar em alguns indicadores sólidos, isto é, nada se muda quando se ignora “o que mudar” e, nesse sentido, propomos como passo inicial de uma verdadeira mudança nesse pensar, pelo menos cinco indicadores que estruturam toda escola e que balizam a ação de todo professor: A “Aula” que ministra o “Conteúdo” que transforma em conhecimento, a “Postura Desafiadora” que assume a “Multiplicidade de linguagens (ou inteligências) que instiga” e, finalmente, a “Avaliação Significativa” que promove.
Não mais se pode acreditar que uma Aula se transforme em relato expositivo, frio e cruel, de saberes que o aluno passivamente ouve. É essencial que o professor estude outras maneiras de ministrar aula e que sempre as credite capaz de gerar protagonismo ilimitado do aluno, sua fala articulada e centrada no tema desenvolvido, a efetiva construção de novas significações e a exploração ilimitada de múltiplas habilidades operatórias. Aula que se ocultar desses princípios se transforma em suplício para quem ministra e martírio para os que são obrigados a recebe-la.
O Conteúdo ensinado necessita se acompanhar de “cheiro” e “gosto” de vida e, dessa maneira, sempre se incorporar aos fundamentos que envolvem o aluno em sua vida, seus desafios e suas relações. Não mais pode existir uma “História”, uma “Geografia”, “Literatura”, “Matemática”, “Ciência” ou “Arte” que se afaste do cotidiano que não ajude o aluno a olhar e compreender o mundo que o cerca e as pessoas que descobre.
Tempos atrás a postura do professor diante de seus alunos era invariavelmente a do “proprietário do saber” e “inquisidor de memórias”. Para professores desses tempos, o ponto de interrogação representava apenas a arma com que aferia e feria seus alunos e sua aula expunha temas que eram essências de se guardar. Não mais se concebe postura similar e o professor dos novos tempos necessita menos ensinar e mais ajudar o aluno a aprender, menos cobrar repostas prontas e mais provoca-las, fazendo do ponto de interrogação sua arma e a alma de sua aula. Da mesma forma, o professor de anteontem era o mestre do texto e apenas nesta linguagem acreditava. Seus desafios eram textos, as provas cobravam textos o sucesso da aprendizagem era pelos textos (orais ou escritos) avaliados. Não mais se aceita a restrição desse limite. O novo aluno possui estilo de aprendizagem múltiplo e, dessa forma, requer a palavra e o pensamento, a foto e mensagem, o texto e a ilustração e, assim, não prioriza esta a aquela inteligência, pois o uso de todas representa sua ferramenta de um novo aprender.
Essas mudanças não são difíceis de implantar e, menos ainda, difícil de encontra-las. Difícil é acreditar em coletiva vontade de se transformar e assim, verdadeiramente viver. É claro que se o professor se moderniza em sua aula, seu conteúdo, sua postura e suas linguagens, fluirão como consequência inquestionável também mudança em sua avaliação.
Professor com esses requisitos e livres para aspirar esses pensamentos será sempre um professor admiravelmente moderno, mesmo em sala de aula aonde sequer a luz elétrica chegou.

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