quarta-feira, 26 de novembro de 2014


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A noite segue cintilante e gelada.
A fogueira crepita ao centro da aldeia,
enquanto permanecemos em silêncio,
sentados em círculo,
imaginando se tais labaredas
não seriam as salamandras
dos contos de outrora...
Antigamente os xamãs eram chamados,
tão somente, “contadores de histórias”.
Hoje em dia,
aqueles que construíram templos em torno das fogueiras
e abafaram o seu fogo
com cimento e chumbo,
se auto intitulam
“sacerdotes”, “rabinos”, “gurus” e “mestres”.
Saibam, porém, meus amigos,
que mestre algum, antigo ou novo,
chamaria a si mesmo de “mestre”.
Há muito, muito tempo,
os xamãs narravam suas histórias
no sereno da noite,
sob a luz do luar
e o calor das fogueiras.
O seu jugo era suave,
o seu linguajar era doce,
e eles sabiam esperar...
Hoje, quase todos foram dizimados
pelos homens que acreditavam
que as terras estão à venda,
e que o seu ouro e as suas joias
são o que há de mais valioso no mundo!
Hoje, os xamãs de outrora
contam as suas histórias em sonhos iluminados,
aquecidos por um só coração,
e que acontecem
num tempo além de qualquer tempo,
em torno da Aldeia
mãe de todas as aldeias...


Eles não nos pedem orações decoradas,
nem dízimos ou penitências.
Eles pedem tão somente
que ajudemos, em pensamento,
a alimentar o fogo
ao centro do círculo –
até que o mundo todo se incendeie,
e que todo chumbo se transmute em ouro.
Eles nos pedem com educação e gentileza;
a sua voz ressoa suave
como a brisa da manhã vindoura;
e eles sabem esperar...


raph’25.04.14

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