quarta-feira, 6 de junho de 2018

A imagem pode conter: flor, planta e natureza

Tudo é para o bem
 - Elisabeth Cavalcante
 A vida é uma experiência misteriosa e paradoxal, por isso, exige de nós uma compreensão que foge aos paradigmas usuais da mente que nos foram ensinados. Aprendemos a pensar de modo linear, aquilo que enxergamos como ruim nos parece sempre ter sido trazido a nós como um castigo, uma punição por algum erro cometido nesta vida ou em outra. Mas, o que conhecemos por erro é simplesmente uma manifestação da inconsciência. E, portanto, de nada adianta cultivar culpa ou arrependimento, visto que nenhum destes sentimentos apagará o que já ocorreu. A saída, então, é aprender a desprender-se do passado, e olhar para os acontecimentos de uma forma totalmente nova, percebendo mesmo naqueles que nos pareçam desafiadores, uma oportunidade valiosa de aprendizado e crescimento. O sofrimento é, por incrível que pareça, um grande mestre, muito mais do que as facilidades e confortos. Pois é através dele que somos testados e levados a superar nossos próprios limites. Embora doloroso, este processo também é extremamente útil para que possamos descobrir o poder que reside em nós, ou seja, a capacidade de superar obstáculos que nos pareciam intransponíveis. Quem já atravessou tempestades, sabe exatamente do que se trata. E tem a total compreensão de que estas não são palavras vazias. Então, a solução é entender, finalmente, que tudo, absolutamente tudo que a vida nos traz, é para o bem, para nosso crescimento e superação. Relaxar nesta compreensão nos liberta da angústia e do sentimento de vítimas do destino. Ao contrário, torna-nos dispostos a receber as provas de coração aberto, certos de que sairemos vencedores no final. "Lembre-se disso profundamente, será de grande ajuda para você... com todo o sofrimento, você está criando a possibilidade de algum êxtase. E o êxtase seguirá logo depois. Mas se você está envolvido demais com o sofrimento, você pode perder-se. ...Após cada sofrimento, o êxtase vem à sua porta e bate, mas você o perde, porque o passado é tão pesado... Ele continua na memória, ele obscurece a mente, e você perde aquele momento atômico. ...Nada há de errado; tudo é bom e para o bem. Isto é o que eu chamo de uma atitude religiosa. Você pode não acreditar em Deus - que não faz diferença. Buda nunca acreditou, Mahavira nunca acreditou... mas eles são religiosos. Não há necessidade de acreditar em vida após a morte, não há necessidade... e você pode ser religioso. Não há necessidade até mesmo de acreditar em uma alma... e você pode ser religioso. Então, o que é a religião? A religião significa esta confiança: tudo é para o bem. Essa confiança de que tudo é para o bem é uma mente religiosa, é a religiosidade. E se você confiar que tudo é para o bem, você vai perceber o divino. O divino pode ser realizado através de uma tal confiança. Mesmo a tempestade é o silêncio, e o mal é para o bem, e existe a morte pelo bem de vida, e o sofrimento e a agonia são apenas situações em que o êxtase pode acontecer. Olhe a vida dessa forma e não estará longe o momento em que o sofrimento vai desaparecer completamente, quando a dor vai desaparecer completamente, quando a morte desaparecerá completamente... para você. Porque aquele que pensa e sabe que agonia é para o êxtase não pode ser agonizante. Aquele que sabe e sente e percebe que o sofrimento é para a felicidade não pode sofrer. É impossível. Agora, ele está usando o próprio sofrimento para ser mais feliz, e ele está usando o próprio sofrimento como um passo para o êxtase. Ele terá ido além das garras do mundo. Ele foi além... Ele deu um salto para fora da roda de samsara". Osho - The New Alchemy. Elisabeth Cavalcante

Nenhum comentário:

MESES DO ANO